Longevidade Replay: Senior living foi pauta para debates e estudo inédito sobre oportunidades do segmento
O aumento da expectativa de vida do brasileiro e da prevalência da longevidade em nossa sociedade vem provocando uma série de mudanças em diversos segmentos da economia. Um dos segmentos que está atento às novas demandas que os consumidores longevos colocam no mercado é o imobiliário. Os projetos de empreendimentos que buscam atender integralmente as necessidades de pessoas 50+ vêm se multiplicando país afora e é nítido que o mercado entendeu o potencial de negócios que pode ser concretizado.
A Caio Calfat Real Estate e a Brain Inteligência Estratégica escolheram a 5ª edição da Longevidade Expo+Fórum para lançar o maior e mais completo estudo mercadológico sobre residenciais seniores no Brasil. A pesquisa, feita a partir da expertise da Brain no mercado imobiliário, identificou aspectos comportamentais e mercadológicos sobre o segmento de senior living no Brasil.
O estudo fez um levantamento completo das ILPI’s do país e entrevistou 453 pessoas nas cidades de São Paulo, Porto Alegre, Fortaleza e Salvador. Um dos primeiros pontos destacados é o fato de 93% dos participantes não saberem o que é senior living.
“Esse é um conceito que já é amplamente usado nos Estados Unidos e na Europa, mas no Brasil ainda é uma novidade. É importante destacar que há vários formatos de senior living, que atende desde pessoas com completa autonomia até os que precisam de suporte e ajuda para quase todas as tarefas”, explicou o diretor-geral da Caio Calfat Real Estate Consulting, Caio Calfat, durante o painel.
A pesquisa identificou 42 mil ILPIs no Brasil, sendo 15 mil em situação regular. A região com maior predominância dessas instituições é o sudeste (47% do montante), seguida pela região sul (23%).
A cidade de São Paulo tem aproximadamente 1.240 leitos voltados para esse grupo e uma taxa de ocupação de 73%. As mensalidades nesses equipamentos podem variar de R$ 6 a 12 mil reais, de acordo com o tipo de acomodação e comodidades escolhidas.
Em relação às pesquisas qualitativas e quantitativas, o estudo revelou que as principais preocupações dos entrevistados ao longo do envelhecimento são o declínio da saúde e a necessidade de dependência de terceiros.
“Existe um dado interessante que é o grau de dependência das pessoas que se encontram em casas de repouso. 41% tem um nível III de dependência, ou seja, precisa de ajuda para praticamente todas as atividades. Com isso vemos que no Brasil as pessoas procuram esses residenciais quando a situação já está agravada, o que pode mudar com a chegada e ampliação desse conceito por aqui. É importante se atentar aos estágios da longevidade na hora de procurar esse tipo de empreendimento, pois existem diferentes ofertas no mercado”, enfatizou o sócio fundador da Brain Inteligência Estratégica, Marcos Kahtalian.
O estudo mostrou ainda que uma das principais dificuldades na hora da escolha da instituição é o valor da mensalidade e a infraestrutura adequada. Além disso, os entrevistados se mostraram mais adeptos a residenciais que possuem equipe médica multidisciplinar e área verde.
“Concluímos com esse levantamento que apesar deste ser um mercado embrionário, a taxa de ocupação identificada nas ILPIs são altíssimas, o que mostra que tal setor tem demanda e capilaridade no cenário nacional”, reforça Kahtalian.
A 5ª Longevidade Expo+Fórum aconteceu de 29 de setembro a 01 de outubro no pavilhão amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo. A íntegra deste painel e de todo o Fórum São Paulo da Longevidade pode ser acessado no canal do evento no YouTube. Clique aqui.