Secovi-SP lança “Manual de Melhores Práticas de Multipropriedades Turísticas” nesta terça-feira (27)
Na tarde de hoje, o Vice Presidente de assuntos Imobiliários Turísticos do Secovi-SP e Presidente da Adit Brasil, Caio Calfat, recebeu para uma mesa redonda na sede do Secovi-SP os co-autores do Manual de Melhores Práticas de Multipropriedades Turísticas: Diogo Canteras, presidente do Hotelinvest; Cláudio Camozzi, advogado e sócio do escritório Camozzi advogados; e Marcelo Terra, coordenador do Conselho jurídico do Secovi SP. A mesa encerrou a Convenção Secovi 2019, um dos maiores fóruns nacionais da indústria imobiliária. O evento aconteceu entre os dias 25 e 27 de agosto.
Diogo Canteras chama a atenção para a vocação de lazer da multipropriedade, o que dispensa a análise da CVM - comissão de valores mobiliários. Outro destaque foram as leis - votadas e aprovadas no final de 2018 - insuficientes para regular o seguimento com responsabilidade, daí a iniciativa do manual.
Já Camozzi pontua os conceitos jurídicos do manual e, principalmente, as diferenças entre time share e multipropriedade. Embora existam semelhanças, o segundo modelo tem uma estrutura muito mais complexa, desde a exposição de caixa até a chegada do VGV desejado.
Novamente Canteiras ressalta a atratividade do empreendimento de multipropriedade. Uma vez que a vocação é o lazer, o consultor explica como desenvolver um projeto com o mínimo investimento necessário, cruzando com as atrações do destino. As dicas de como usar essa ferramenta estão no manual.
O tema "players" é abordado por meio da apresentação de quem é cada um no esquema da multipropriedade:
- Incorporador: desenvolvedor maior lucro risco
- Consultoria: especialização na modelagem e na estrutura do negócio
- Comercializadora: peça mais importante do processo
- Administradora condominial: habilidade em lidar com milhares de condôminos
- Administradora hoteleira: distribuição
- Intercambiadora e clube de benefícios: possibilidade de troca de destino e geração de encantamento.
- Assessoria jurídica: estruturação jurídica do empreendimento, trabalhistas, ambientais, tributária, consumerista etc.
- Assessoria financeira: relação dos gestores com os proprietários, gestora de recebíveis de relacionamento e garantia de recursos para a obra e manutenção dos contratos.
- Comercializadoras Full Service: grandes empresas com expertise comprovada.
Por ser um tema muito complexo, o manual tem um capítulo específico com um esquema de implantação de um projeto de multipropriedade, desde a idealização até a inauguração do empreendimento, pontuam Canteiras e Camozzi.
No quesito comercialização, canteiras chama a atenção para o fato de que a venda da multipropriedade é um comércio imobiliário e, por essa razão, se faz necessário a presença de um profissional com CRECI. A comissão de valores mobiliários era uma das preocupações e Camozzi aponta um parecer já dado e que avalia o modelo ligado ao lazer.
O último capítulo do manual analisado na mesa redonda foi a "operação" de multipropriedade. O primeiro ponto a ser considerado foi que seu hóspede não é hóspede. Durante aquela semana, ele é proprietário e espera por um tratamento adequado, além de ter suas necessidades atendidas (incluindo a troca de destino). Por isso a necessidade de intercambiadoras e do clube de benefícios.
Caio Calfat finaliza o encontro com a preocupação de que o manual seja utilizado como um guia para a construção de um mercado saudável e, particularmente, sustentável financeiramente a fim de evitar uma superoferta danosa a todos os players.
Fonte: HotelNews